01) * Jambato-Negro (Atelopus ignescens):
O Jambato-Negro é considerado extinto, pois desde 1988 não foi registrado mais nenhum espécime.
Habitava zonas subtropicais e tropicais úmidas do Equador, em áreas de grande altitude, entre 2800 a 4200 m. A áreas de seu habitat podiam ser de vegetação arbustiva ou pastagens, próximo a rios, em zonas agricultáveis e áreas urbanas. Era comum ser visto junto a córregos.
Estas áreas onde ocorriam concentravam-se no centro-norte do Equador, mas também podia ser encontrado no sul da Colômbia. Porém há controvérsias, pois há quem defenda que existe uma outra espécie não descrita ainda pela ciência na mesma região, sendo que nem todos os espécimes identificados como o Jambato-Negro seriam realmente desta espécie.
Foram feitas várias pesquisas nos últimos 15 anos na busca de um exemplar, porém não obtiveram sucesso.
Algumas das causas apontadas para sua extinção são uma doença que foi identificada em alguns espécimes, além das mudanças climáticas (aquecimento global e secas). A destruição de seu habitat e introdução de novos predadores poderiam ter contribuido para a diminuição de sua população, mas não são considerados como causadores do declínio considerável que teve a população de Jambatos.
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02) * Rã-da-Austrália (Rheobatrachus silus):
A Rã-da-Austrália é considerada extinta desde 1981.
Era endêmica do sudeste de Queensland, Austrália. Viviam em altitudes entre 350 e 800 m. Habitavam uma área de cerca de 1400 km2, concentrando-se junto aos córregos e piscinas naturais, em uma zona de floresta tropical úmida.
Foi descoberta em 1973 oficialmente, porém há relatos de já ter sido descrita em 1914. Acabou despertando um grande interesse no meio científico por simplesmente dar à luz crias vivas saídas de sua boca. A Rã-da-Austrália é o único animal que se conheceu até hoje que tinha a capacidade de incubar os ovos no próprio estômago. Ao que se sabe , conseguia esta proeza ao anular as enzimas digestivas através de uma substância produzidas pelos ovos. No entanto, os cientistas não tiveram tempo suficiente para estudar este processo já que as rãs extinguiram-se menos de 10 anos após serem descobertas.
Do pouco que se pode observar sobre a vida desta rã, sabe-se que viviam junto aos cursos de água perenes, escondidas entre rochas e folhas. Supõe-se que as rãs hibernavam nos meses mais frios em fendas profundas nas rochas. Os machos escondiam-se em fendas de rochas mais profundas e preferiam cursos de água também mais profundos, enquanto as fêmeas e espécimes jovens davam preferência a cursos de água e esconderijos mais rasos. Porém havia um quesito básico, a profundidade deveria ser o suficiente para a rã sentar-se com a cabeça para fora da água, com segurança, e ser capaz de submergir. Só ficavam totalmente fora da água durante as chuvas leves. O acasalamento ocorria entre outubro e dezembro. Em fêmeas coletadas foram encontradas entre 21 e 26 crias no estômago da rã, mas supõe-se que o número de ovos seria superior (em torno de 40). Não se chegou a descobrir se parte destes ovos eram digeridos pela fêmea ou se apenas não eram engolidos por ela. A fêmea ficava com os filhotes em desenvolvimento em seu estômago durante 6 a 7 semanas, quando enfim, dava à luz suas crias vomitando-as. Depois de quatro dias deste parto exótico, o estômago das fêmeas voltava a funcionar normalmente, assim como elas voltavam a alimentarem-se.
A espécie teve um declínio populacional muito rápido, sendo o último espécime observado na Natureza em 1979. Há porém a possibilidade de um outro espécime ter sido encontrado em 1981.
As causas da extinção desta rã ainda são desconhecidas. Houve nos anos de 1970 uma exploração madereira intensa em sua área de ocorrência, mas não se chegou a desenvolver pesquisas para perceber qual foi o impacto na população de rãs. Atualmente o habitat tem a presença de gado doméstico introduzido (porcos), a qualidade e fluxo dos cursos de água foram alterados, e algo mais que possa ter contribuído para o desaparecimento das rãs é uma doença (Chytridiomycosis) mas não há confirmação, sendo apenas uma suposição.
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03) Sapinho-Marmóreo (Uperoleia marmorata):
O Sapinho-marmóreo é considerado extinto desde a segunda metade do século XIX.
Era endêmica de uma área de cerca de 7700 km2, ao sul da desembocadura do Rio Príncipe Regente, em Kimberly, oeste da Austrália.
Viviam em áreas de campos e bosques alagáveis sazonalmente. Alimentavam-se provavelmente de insetos e vermes.
Era uma espécie de tamanho reduzido, com coloração verde oliva. Machos e fêmeas eram exatamente iguais, não havendo nesta espécie o dimorfismo sexual.
Foi descrito pela ciência a primeira vez em 1841, quando era considerado comum na região que habitava. Só é conhecido pelos dois espécimes coletados em 1841, não tendo sido encontrado novamente.
As causas de sua extinção são desconhecidas.
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04) Sapo-Dourado (Bufo periglenes):
O Sapo-Dourado ou Sapo-de-Monteverde, é considerado extinto desde 1989.
Habitava uma região de grande altitude em um bosque de Monteverde, Costa Rica, que compreendia apenas 10 km2.
Foi descrito pela ciência em 1960.
É considerado um símbolo no alerta para a diminuição global das populações de anfíbios.
Uma das causas apontadas como responsáveis por seu desaparecimento são as mudanças climáticas geradas pelo aquecimento global.
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05) * Sapo-Leopardo-do-Vale-de-Vegas (Lithobates fisheri):
O Sapo-Leopardo-do-Vale-de-Vegas é considerado extinto desde 2002, pois durante 60 anos não houve nenhum novo registro desta espécie.
Este sapo só é conhecido de áreas ao norte do Vale de Vegas, no estado de Nevada, nos Estados Unidos. Habitava cursos de água doce e habitats adjacentes. Praticamente nada se conhece sobre seus hábitos.
Foi descrito pela ciência a primeira vez em 1893. A última vez que foi avistado na Natureza foi em 1942.
A causa principal de sua extinção foi a captação e bombeamento das águas subterrâneas para a cidade de Las Vegas. A isto também associa-se a introdução da espécie Rã-Touro (Rana catesbeiana).
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06) Sapo-Pintado-de-Israel (Discoglossus nigriventer):
O Sapo-Pintado-de-Israel foi provavelmente extinto nos anos de 1950.
Vivia em zonas úmidas ao norte de Israel. Mas por volta da década de 1950, esta zonas foram drenadas para fins agrícolas. Apesar de ter sido criada uma área de preservação ambiental nesta zona, isto não foi o suficiente para preservar o Sapo-Pintado e outras espécies nativas.
O Sapo-Pintado tinha uma barriga de cor escura com pintas brancas pequenas. A cor predominante era ferrugem com variação entre o cinza escuro e o preto acinzentado.
Não há qualquer informação sobre como viviam. Só restam dois espécimes que foram coletados em 1940 e 1955.
A causa de sua extinção é a perda do habitat natural.
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* – Desconhecemos se os nomes dos animais assinalados com o * são de fato os apresentados. Muitas informações para a montagem deste post foram obtidas em páginas em inglês e espanhol, sendo estes nomes meras traduções aproximadas dos encontrados nestes idiomas. Buscamos mas, não encontramos os nomes em língua portuguesa.
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Arkive: Images of life on Earth
IUCN (International Union for Conservation of Nature) – website.